e talvez, não quisesse mesmo, mas esperou, ali, sentado.
a noite seguia fria, seguia calada, seguia louca.
observando de longe o teu olhar, eu percebi que o meu olhar tinha que caber no teu, tinha que te enfeitiçar, tinha que te trazer para cá. para o meu lado, para o teu lugar.
para que tantas voltas se bem sabes que o teu lugar é este ao lado meu? por que não percebes logo que teu coração pertence ao meu? por que não sentas em frente a mim e tens uma conversa amigável?
acho que não é hora.
acho que ainda não percebeste que quando mais a hora passa, mais o bar se esvazia, mais tua mente se abre e mais perdes o controle sobre teus pensamentos.
decidida e, talvez, nem um pouco lucida decido ir ao teu encontro, sento-me em frente a ti e sinto que as palavras não vão sair.
bebo.
bebo sem dó nenhuma.
bebo sabendo que hora ou outra as palavras sairiam.
bebo encarando os belos pares de olhos em minha frente.
bebo.
por muito tempo, tempo demais, tempo absurdamente utilizado para beber e para sussurar ''eu te amo, será que dá para perceber?''
e para essa pergunta, é claro que eu tinha resposta.
chorei.
chorei até ficar com dó de mim.
~~eeeerm, acabou a inspiração. alocs.
texto escrito pela dona Carolina,
grande abraço.
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