Oposto do oposto do oposto.

dois passos num compasso só.

domingo, 29 de novembro de 2009

basicamente

eu estou postando porque eu estava lendo o blog do mario (os posts novos, os posts antigos, enfim) e me deu uma vontade estupenda de vir postar, eba.
eu sei que provavelmente a essa hora tá todo mundo meio dopado, com sono e super ancioso, porque alias, amanhã é a entrega de boletim e é basicamente por isso que eu to aqui no computador...
então, o mario falou que leria meu texto... entao, eu estou sériamente pensando em posta-lo... espero que voces gostem.

Sobre reis e rainhas, coelhos e chás da tarde.

Tudo começo no dia no qual conheci Alice.
Ela estava sentada ao lado de uma grande cerejeira segurando um grande e colorido pirulito e lendo um livro qualquer, estava sozinha, ela não era das mais queridas do colégio.
Eu estava só passando por ela, quando por descuido, tropecei em uma pedra e caí em seus braços, que estranhamente me seguraram e só me deixaram ir após terem certeza de que eu estava bem.
Ela parecia perfeita, mas não era. Alice tinha alucinações com reis e rainhas, coelhos apressados, chás da tarde com o tal coelho, cartas de baralho que eram soldados, um universo paralelo, o país das maravilhas, pertencia somente a sua cabeça.
Ela se assemelhava a uma boneca, mas era óbvio que internamente, lá em sua mente, ela era quem havia desafiado a rainha.
Alice veio me procurar depois de nosso ''encontro'', perguntando meu nome e se eu já havia tirado a foto para o anuário, respondi e no momento que virei as costas ela gritou meu nome e me convidou para uma caminhada.
Por não ter mais nada para fazer, aceitei seu convite. Ela me levou para um bosque perto de nosso colégio e então começamos a conversar.
Alice me explicava sobre seu mundo e eu conseguia focar tudo o que ela dizia, ela era detalhista, uma perfeccionista.
Ela era uma garota legal, louca, porém muito legal, não tinha como falar que ela não era legal, mas seria mentira não falar que ela era completamente louca.
Após termos andado muito, Alice sentou-se e eu me juntei a ela. Ela juntou seus lábios nos meus e eu juntei meu corpo ao dela.
Por ali passamos a tarde, até que ficou muito tarde e ela me acompanhou até minha casa.
Alice era um ano mais velha que eu, mas estávamos bem com isso, ninguém sabia de nossos encontros e ninguém precisava saber.
Todos os dias Alice me esperava na frente da minha sala de aula, tinhamos o nosso almoço e então seguíamos para o Bosque, e foi assim durante muito tempo.
Mas um pouco antes das férias, reparei que ela estava mais distante do que geralmente ela ficava. Havia algo errado com ela.
Foi em uma terça-feira que abri meu armário e um grande envelope caiu sobre meus pés, no envelope só havia duas coisas: meu nome e o nome de Alice, decorado com cores que me lembravam seus pirulitos.
A partir deste dia, Alice não apareceu mais.
O dia estava cinza e todas as cores restantes se misturavam no horizonte, formando lá bem longe uma grande borra preta.
Em uma sexta-feira decidi abrir o envelope e ver o que tinha nele.
Uma grande folha caiu do envelope. Quase que no final da folha havia em letras bem miúdas e talvez ilegíveis um endereço.
Junto da folha havia um c.d escrito ''ó meu amor, não fique triste''.
Peguei o c.d e comecei a escuta-lo, todas as músicas me lembravam ela e instantaneamente eu comecei a chorar.
No dia seguinte, eu havia decidido ir atrás dela naquele endereço, ao invés disso, tudo que eu encontrei lá foi uma árvore com a seguinte gravação:''V,Z'' dentro de um coração, nossas letras inversas. A e S.
Eu sabia que aquilo definitivamente era uma maneira de Alice se despedir.
Enquanto eu esperava que ela jogasse uma pedra em minha janela e voltasse para os meus braços, eu escrevi uma carta.
''Querida Alice, ainda aguardo o seu retorno, espero que tudo tenha se encaixado perfeitamente e simetricamente nos seus planos e que você tenha decidido voltar para mim.
O bosque continua igual, mas por algum motivo, não sinto mais vontade de visita-lo, ele não tem sentido sem você lá.
Nossos encontros Alice, você se lembra deles? Você se lembra de me esperar em frente a minha sala de aula? Você se lembra de falar que meu gosto de cigarro era mais doce que o de seus pirulitos? Você se lembra de ter escrito nossos nomes em uma árvoce?

Se você se lembra de tudo isso, é sinal que você não vai conseguir me esquecer, então volta Alice.
Volta para os meus braços, para o meu gosto de cigarro, para o nosso bosque.
Volta que eu sinto falta do seu gosto doce, da sua pele clara, da sua boca na minha e do meu corpo no seu.
Volta que eu estou sentindo o seu cheiro e eu sinto saudades de você.
Querida Alice, meu mundo não existe e o país das maravilhas não é o mesmo sem você.
Com todo amor,
S.''

e é isso. espero que tenham gostado.
eu não defini um nome, pois acho que cada um pode escolher um nome, contanto que seja com S.
beijos :*
-12 posts para o centenario.

2 comentários:

Stark, Maro. disse...

Eu liiii

Ficou aweesoome
Tpow cara, vse escreve bem e eu noa sabia *morre*

Bai ô/

Anônimo disse...

Cah, já li vários textos seus e você sabe que eu adooooooooooro né? você escreve muito bem e na minha opinião deveria escrever um livro com a personagem Alice haha :D